Nem rosa, nem azul e sim setembro amarelo.

Mike Emme era um adolescente na década de 90. Seu interesse e habilidade por mecânica de automóveis o fez restaurar um Mustang 68 que decidiu pintar de amarelo. Filho de Dale Emme e Darlene Emme, suicidou-se aos 17 anos.
Conhecido por sua personalidade solidária aqueles que conviviam com Mike não viram os sinais de angústia. Ignoraram frases como: “não aguento mais”, “eu queria sumir”, “eu quero morrer”. Passou-lhes despercebido as mudanças de comportamento, o desinteresse por algo que antes era fonte de prazer. A tristeza acompanhada de desanimo, silencio, isolamento. O mundo ficara preto e branco. Afinal ele era um adolescente e podia ser só “aborrescência”.
No dia do funeral de Mike, uma cesta de cartões com fitas amarelas presas a ele estava disponível para quem quisesse pegá-los. Os cartões confeccionados por amigos de Mike possuíam uma mensagem: "Se você precisar, peça ajuda".
Os cartões se multiplicaram e se espalharam pelos Estados Unidos. Dando origem ao surgimento de mais e mais cartões com pedidos de ajuda.
Resumindo a história: por conta da repercussão da morte de Mike, a fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda.
Em 2003 a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio e o amarelo do Mustang de Mike é a cor escolhida para representar esta campanha.
A campanha Setembro Amarelo teve início no Brasil em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O objetivo do Setembro Amarelo é reforçar a importância do diálogo, incentivando a conexão humana, quebrando o tabu sobre o assunto e ajudando quem está vulnerável.
O que verdadeiramente me surpreende é uma pessoa pensar que a sua única e melhor opção é tirar a própria vida.
Onde foi que nós, como sociedade, erramos?