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Síndrome do impostor – fato ou fantasia?


Você já sentiu um frio na barriga antes de uma reunião importante?

Tem medo de errar?

Acha que não merece o que há de bom na sua vida? Posição? Prêmios? Sucesso?

Que foi pura sorte, uma coincidência ou algo diferente de seu trabalho, inteligência e perseverança que colocou você onde está?

Sente que não merece um elogio por seu trabalho bem feito?


Pois bem, tem gente que transformou esse estado em patologia, o chama de a síndrome do impostor e tenta trata-lo quase, ... quase como uma doença.


E afinal o que é isso e como se manifesta?


São aquelas pessoas capazes de desenvolver e apresentar um bom/excelente trabalho, mas que sofrem de uma inferioridade ilusória, duvidam das suas capacitados e subestimam as próprias habilidades. Chegam mesmo a acreditar que outros indivíduos são tão ou mais capazes do que ela pois parecem incapazes de internalizar os seus feitos na vida e aprecia-los como positivos e recompensadores. Em outras palavras, é a ideia de que seu sucesso foi alcançado por sorte e não merecimento


Sem registro oficial nem descrição na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) mais conhecido com Compendio Internacional de Doenças, publicado pela Organização Mundial da Saude (OMS) esta “síndrome” ainda precisa de dados estatísticos para se comprovar como fenômeno a ser encarado como um problema.


Desde sua primeira edição do CID, em 1893, seu numero de páginas só cresce. Será que estamos melhor ao promover a comparação internacional da coleta, processamento, classificação e apresentação das estatísticas, base da comprovação do método científico que cria protocolos de ação? Talvez sim, pois informa e normatiza procedimentos, talvez não pois tem uma tendência em focar na patologia, falar dela como tal, medica-la, trata-la em consultórios, criando um ciclo difícil de se romper.


No meu trabalho com líderes, a dita síndrome do impostor aparece como um ponto cego. Os clientes tanto podem subestimar sua performance em apresentações ou ainda assumirem responsabilidade demais quando entendem que seus colegas não estão fazendo o suficiente. Pense? Essa não é uma característica comum de todas as pessoas que tem alto nível de exigência, dificuldade de delegar e desenvolver pessoas, e medo de errar? Alguém que ainda se encontra na mentalidade do modelo linear, fordista, decrépito e rapidamente em extinção está mais suscetível de sentir-se assim.


Descobri que depois da jornada de coaching muitos desses meus clientes líderes aprenderam a identificar e lidar com a dita síndrome, ou seja, reconhecerem em si mesmo inseguranças saudáveis de nós seres humano, de forma a progredirem com confiança conectando o pensar, sentir e agir de forma a gerar coerência nas suas atitudes.


Recentemente, fui coach de uma líder que viu o anúncio de uma posição em sua empresa para a qual inicialmente achou ser qualificada. Depois de uma breve conversa sobre a possibilidade de mudança de posição se convenceu de que na verdade não era. Duvidava de si mesmo pois esse novo emprego estaria duas posições acima da sua atual. No coaching, identificamos o que esperava dessa nova função, valorizamos suas capacidade e listamos suas conquistas. Portanto, ganhou a confiança necessária e candidatou-se à vaga.


Que tal pensarmos no termo sabotagem ou melhor auto sabotagem que no fundo é do que estamos falando. Um comportamento manifesto de muitas pessoas em suas vidas pessoais que podem levar a estados de humor deprimido, ansiedade e baixa autoconfiança. E dentro das organizações? Duvidar de si mesmo pode atrapalhar seus negócios!


A ultima coisa que você quer é agir de forma a impedir de alcançar seu potencial, de evitar posições que imagina não estar qualificado ou ainda de ser um líder engajado e autêntico. Já observei líderes que mesmo com as evidências de que eles merecem a vaga encontram-se emaranhados no medo internalizado de que são uma “fraude.”


Então como é possível superar esse sentimento de fraude?


O que vou compartilhar aqui é o que deu resultado para mim. O que elaborei a partir de leituras, ferramentas de coaching e práticas diárias. Saiba como evitar que isso aconteça e comece hoje.


Pense Grande


Fazer um brainstorm do que você quer conquistar, identificar seus objetivos e os medos que te seguram é um exercício poderoso. Ao pensar grande, foque na maneira mais fácil de começar. Um passo de cada vez pode te levar ao topo da montanha, ao trabalho desejado, a saúde almejada. Comece pela meta rápida, aquela que pode ser alcançado em um dia ou uma semana. Na sequencia reúna as que vão te levar mais tempo (um ano talvez) e depois as que demandam investimento de energia continua e pode levar até 2 anos para acontecer ou mais. Lembre-se, seja realista e encontre um equilíbrio entre esses tipos de objetivo. Isso permite que você foque no presente e no futuro. Faça uma lista de conquistas e anote lá sempre que alcançar um objetivo, lembre-se de adicioná-lo à sua lista de conquistas depois de celebrar com as pessoas que te apoiam, acreditam no seu trabalho e querem o seu sucesso.


Conte para quem interessa


Compartilhe suas experiências de aprendizagem, com seu coach ou com um grupo de colegas de confiança. Tome posses de suas conquistas e coloque ênfase no seu sucesso. Pratique o ato de compartilhar suas conquistas. Se você ou seu time perceberem que estão diminuindo suas realizações, fale de seus sucessos e como você os alcançou, de forma confiante e articulada.



Construa o ciclo virtuoso


Identifique os sinais e situações que fazem você se sentir um impostor. Depois, procure informações que contradigam essa sensação. Construir o ciclo de pensamentos positivos é fundamental para achar e desafiar os julgamentos negativos.


Comece agora uma lista de conquistas. Transforme-a em um documento vivo, ao qual você pode e deve adicionar elementos a ela para criar hábito de autoconfiança e reforçar caminhos positivos.


Ajuda é bom e eu gosto.


Peça a colegas e amigos que ao perceberem que quando você sai do “modo” apreciativo e volte para ele imediatamente. Contar com o olhar e a atitude amorosa pode e vai te ajudar a manter o ciclo virtuoso ajustando a maneira que você fala de si mesmo e de suas conquistas.


Quotidiano


Elenque escrevendo os seus sucessos, prêmios e realizações anotando o que te levou a essa ação e como alcançou esse sucesso. Descobri faz tempo que dar concretude através de pequenas anotações é uma prática efetivas, especialmente quando colocadas em lugares de fácil visualização.


Oportunidade de crescer e aprender.


Muitos líderes sentem ansiedade/medo de falhar quando iniciam um novo projeto ou em uma nova posição. Instigue seu pensamento a um olhar apreciativo quando você relacionar sentimentos ou falhas naturais no processo de aprendizado com o fracasso. Imagine-se falando com um amigo pois costumamos ser mais gentis com os outros do que com nós mesmos. Praticar um contra-argumento das suas mais duras autocríticas pode levar a um entendimento do fracasso como uma experiência de aprendizado em vez de uma reflexão de valor.



E as suas práticas, quais são elas?

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STELLA BITTENCOURT

 

LIFE STRATEGIST

 

ADVISORY | MENTORING | LEARNING

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