Colocando em perspectiva um mundo louco, insano e incerto pós-COVID.

Meu avô nasceu em 1897.
Quando tinha 17 anos, começou a Primeira Guerra Mundial que terminou quando ele tinha 20 anos, deixando 22 milhões de mortos.
Logo depois a gripe espanhola matou 50 milhões de pessoas.
Aos 32 anos ele resistiu a inflação, desemprego e fome, consequência da crise econômica mundial provocada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York.
Aos 36 anos, os Nazistas chegaram ao poder.
Com 42 anos ele leu nos jornais o início da Segunda Guerra Mundial que termina quando ele tem 48, com um saldo de 60 milhões de mortos. Por pouco não foi recrutado e virou Pracinha no Exercito Brasileiro. Tinha asma e uma saúde débil.
Seis milhões de judeus morreram no holocausto que alguns insistem em dizer que não aconteceu.
No auge de seus 55 anos ficou sabendo do início da guerra da Coreia e aos 67 anos a do Vietnã que só terminou quando ele tem 75 anos.
Uma criança quando nasce pensa que os seus avós não fazem ideia do quão difícil a vida é. Desconhecem como eles sobreviveram as guerras, desemprego, colapsos econômicos e catástrofes ambientais. Temos eletricidade, celular, comida, água quente e um telhado sobre nossas cabeças. Pouco ou nada disso existia em outros tempos.
Mas meu avô sobreviveu à todas as circunstâncias sem perder a alegria de viver.
E você, tá reclamando do que?
Lembre-se que ainda pode piorar antes de melhorar.